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EDITORIAL

As legítimas preocupações do Movimento Sindical Europeu e da União Geral de Trabalhadores

 

 

A UGT esteve, mais uma vez, representada no seminário ETUI do European Trade Union Institute - ETUI, “Together for Health and Safety”, discutindo prioridades e estratégias futuras para a Confederação Europeia de Sindicatos. A nova Comissão Europeia e o Parlamento Europeu têm a oportunidade de avançar em políticas que potenciem locais de trabalho mais seguros e saudáveis em toda a Europa.

 É necessária uma nova estratégia da UE em matéria de Segurança e Saúde que trate das principais causas de doenças relacionadas com o trabalho, tais como os como agentes cancerígenos, os fatores ergonómicos e o stresse. Defendemos que a estratégia europeia também deve incluir uma aposta na prevenção para que ocorram zero acidentes fatais no local de trabalho.

Para conseguir isso, os sindicatos devem estar totalmente envolvidos e comprometidos com a Saúde e Segurança na execução das suas ações sindicais. Também são necessários recursos e iniciativas legislativas, como por exemplo uma diretiva-quadro da UE sobre riscos psicossociais.

A UGT tem estado na linha da frente na defesa dos direitos dos trabalhadores nesta área, e continuamos expetantes relativamente, à designação do novo Comissário Europeu Nicolas Schmit, com a pasta do emprego e assuntos sociais, tentando perceber quão ambicioso será nas políticas apresentadas pela nova Comissão Europeia relativamente a SST.

 

Estaremos atentos e vigilantes, reivindicando políticas eficazes para melhorar os locais de trabalho!

 



Vanda Cruz

Secretária Executiva

 

EM DESTAQUE

OIT

 

Do arsénico ao zinco: Proteger os trabalhadores das substâncias perigosas - Cartões de Segurança com químicos da OIT

 

 

 Imagem com DR 

 

Muitos trabalhadores na UE enfrentam substâncias perigosas regularmente. De facto, 17% afirmam estar expostos a produtos químicos ou substâncias durante pelo menos um quarto do seu tempo de trabalho diário.

Os trabalhadores devem ter acesso a informações sobre todas as substâncias com as quais estão em contacto, para saberem como prevenir riscos para a saúde ou o que fazer em caso de acidente.

Os International Chemical Safety Cards (ICSC) são uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o apoio da Comissão Europeia.

Podem ajudar as empresas a instruir e a informar os seus trabalhadores e trabalhadoras sobre substâncias perigosas.

Cada cartão é uma folha de dados abrangente, revisto por especialistas, que apresenta uma substância específica, oferecendo aos empregadores recursos com vista à adoção de medidas preventivas.

O esquema do ICSC pode ser usado pelos empregadores para proteger os trabalhadores como complemento de outras medidas técnicas e organizacionais, tais como o uso do princípio da precaução e da formação mais abrangente.

O que está incluído nos ICSCs e como podem ser utilizados no local de trabalho?

O banco de dados da OIT contém 1.777 registros do ICSC, cada um dedicado a uma substância perigosa diferente. Os cartões incluem substâncias como o mercúrio, o chumbo, o níquel e o lítio, juntamente com informações abrangentes sobre como manter os trabalhadores seguros durante a exposição.

Cada cartão exibe diversas informações sobre a substância, tais como o aspeto físico, a fórmula química, a combustibilidade, os efeitos ambientais e as instruções de armazenamento, incluindo as relativas à classificação e à rotulagem.

Os cartões oferecem também informações significativas sobre os efeitos das substâncias a curto e a longo prazo na saúde, levando em conta certos fatores como os processos de trabalho ou as temperaturas.

Juntamente com informações gerais sobre cada substância perigosa, os cartões apresentam também informações práticas e medidas que podem ser usadas pelos trabalhadores para evitar riscos para a  sua Segurança e Saúde e para outros colegas.

Incluem o que fazer em caso de um derrame, como armazenar corretamente a substância, os sintomas em caso de inalação, ingestão ou contato com a pele, e como administrar os primeiros socorros, no caso de ocorrerem incidentes.

Os cartões também incluem notas práticas que explicam o que fazer durante ou após o contato com a substância. Podem incluir indicações para usar as proteções respiratórias, garantir que as roupas de trabalho não sejam levadas para a casa ou lavar as mãos antes de comer ou beber.

 

Conscientização dos trabalhadores

Os empregadores devem explorar os cartões e certificar-se de que são distribuídos como informações relevantes pelos seus trabalhadores, em prol de uma verdadeira cultura de prevenção. Ao mesmo tempo, asseguram que qualquer incidente seja tratado com rapidez e segurança.

Embora os cartões ofereçam muitas informações úteis, também devem ser usados em combinação com outras fontes de orientação práticas da EU-OSHA sobre substâncias perigosas.

Isto porque cada cartão trata de uma única substância, enquanto, na realidade, os trabalhadores costumam usar uma mistura de substâncias, no seu trabalho diário.

Utilizar outras ferramentas e fontes de aconselhamento, bem como os cartões, pode garantir que os trabalhadores estejam seguros, independentemente da combinação de substâncias.

A OIT também oferece mais orientações sobre o tema do trabalho perigoso e sobre o campo mais amplo de segurança e saúde ocupacional.

Mais informações sobre substâncias perigosas também podem ser encontradas no OSHwiki.

 

Nmantenha-se atualizado sobre as últimas notícias da Campanha Locais de Trabalho Saudáveis.

 

 

 


Sílica cristalina: um  risco sério para os trabalhadores

 Imagem com DR


No final de maio de 2019, a Agência Francesa de Segurança e Saúde Alimentar, Ambiental e do Trabalho (ANSES) publicou os resultados do estudo sobre os riscos associados à sílica cristalina para os trabalhadores.

 

Um dos principais motivos que levaram ao lançamento deste estudo foi a preocupação levantada pela existência de casos de silicose relacionados com o uso de pedra artificial (quartzo + resina) utilizada na produção de bancadas de cozinha e de superfícies de banheiros.

A silicose está longe de ser uma doença do passado, quando milhares de mineiros em toda a Europa foram atingidos por ela.

O estudo mostra que cerca de 365.000 trabalhadores em França estão expostos à inalação de sílica cristalina, em particular ao quartzo.

Estima-se que, em França, entre 23 000 e 30 000 trabalhadores estão expostos a níveis que excedem o limite de exposição ocupacional (OEL) de 0,1 mg.m-3 atualmente em vigor e mais de 60 000 a níveis superiores aos mais baixos da OEL propostos a nível internacional. (0,025 mg.m-3).


Mais de dois terços dessas exposições ocorrem no setor da construção, seguido pela produção de outros minerais não metálicos, indústrias metalúrgicas e extrativas.

O impacto na saúde de tais exposições é particularmente grave: o cancro no pulmão e outras doenças pulmonares não cancerígenas, como a silicose, a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), o efisema ou a tuberculose.

Também pode ser observada uma entre estas exposições ocupacionais e várias doenças auto-imunes. A ANSES recomenda que sejam realizados mais estudos sobre o impacto nas patologias renais.


A sílica cristalina estava no centro do debate na primeira fase da revisão da Diretiva Europeia sobre Carcinogénicos. O OEL adotado em 2017 é de 0,1 mg /m3.

Segundo o estudo da ANSES, esse valor de 0,1mg/m3 não oferece proteção suficiente, deixando um risco residual considerável.

Nos EUA, a ACGIH (Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais) recomenda um valor quatro vezes menor (0,025 mg/m3) para certos tipos de sílica (quartzo e cristobalita).


A diretiva europeia tem de ser transposta para a legislação nacional até 17 de janeiro de 2020. “Se realmente queremos proteger as vidas dos trabalhadores expostos à sílica, precisamos de adotar muito mais OELs de proteção do que os listados na diretiva”, disse Laurent Vogel, investigador do European Trade Union Institute (ETUI).

Não se esqueça de que as diretivas europeias sobre Saúde e Segurança no Trabalho apenas estabelecem requisitos mínimos.

Qualquer Estado-Membro pode adotar legislação que proporcione um melhor nível de proteção.

 

Nota: Tradução adaptada pelo Departamento de SST

 

Aceda à versão original Aqui.

 

 

 

EUROFOUND

Eurofound - Relatório sobre como os países europeus abordam a questão do burnout no local de trabalho

 Imagem com DR

A Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) publicou um relatório que revê as políticas e as regulamentações adotadas na Europa para combater o burnout no local de trabalho.

 

Entre os Estados-Membros da UE, o burnout é atualmente reconhecido como uma doença profissional em apenas dois países. Na Itália, o Instituto Nacional de Seguro contra Acidentes de Trabalho (INAIL) inclui o burnout na sua lista de doenças ocupacionais. O INAIL reconheceu 128 casos de burnout entre 2012 e 2016, de um total de 1 555 casos reportados no mesmo período.

Na Letónia, o burnout foi reconhecido como uma doença profissional pela Lei  relativa ao seguro social obrigatório de 1997.

Na França, o reconhecimento do burnout como uma forma de stresse relacionado com o trabalho tem sido foco, nos últimos anos, de muito debate. Em fevereiro de 2017, a Assembleia Nacional aprovou o relatório da comissão parlamentar criada para estudar a questão do burnout, analisar a sua definição e operacionalizar um quadro para o seu reconhecimento como uma doença relacionada com o trabalho.

No entanto, esta proposta legislativa, bem como outra proposta legislativa destinada a reconhecer as questões de saúde mental ligadas à sobrecarga de trabalho como doenças ocupacionais, foram ambas rejeitadas em 2018.

Em vários outros países, como a Bélgica, a Holanda e a Bulgária e, apenas em certos setores específicos, como a saúde e a educação, tem havido discussões concretas sobre se o burnout deve ser considerado como uma "doença relacionada ao trabalho".

O relatório da Eurofound explora  também em que medida as autoridades nacionais adotaram medidas para prevenir o burnout. A nível nacional, o esgotamento é abordado sob uma ampla variedade de títulos. A principal âncora política para o burnout é o stresse relacionado com o trabalho, sugerindo que o burnout é avaliado como uma exposição prolongada a stressores de trabalho crónicos.

Em muitos países, são feitas referências ao "Acordo-Quadro Autónomo Europeu sobre o Stresse Relacionado com o Trabalho", adotado pelos Parceiros Sociais europeus em 2004, e aos relatórios de execução nacionais associados.

Na Bélgica, a prevenção do esgotamento é abordada através da Lei  sobre o bem-estar no trabalho de 1996. Em 2014, essa legislação foi atualizada para reforçar a prevenção dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho, incluindo a violência e o assédio.

A Alemanha  inclui também os riscos psicológicos como uma questão central na sua Estratégia de Segurança e Saúde Ocupacional e em 2015 introduziu uma lei sobre a prevenção que também cobre os riscos psicológicos.

Na França, o enfoque está na prevenção e não no reconhecimento como uma doença ocupacional. Para o efeito, foi estabelecida uma série de ações em matéria de saúde no trabalho, destinadas especificamente às pequenas e médias empresas, em resultado de negociações coletivas entre os parceiros sociais e outros intervenientes no terreno.

 

Aceda ao Relatório AQUI 

 

 

 

EU - OSHA
Oira

 Imagem com DR


Instrumento de avaliação de riscos na agricultara já disponível

Já se encontra disponível a nova ferramenta de avaliação de riscos direcionada para o setor da agricultura.

 

Esta é uma ferramenta da maior importância, ainda mais, quando é um setor que apresenta taxas bastante elevadas de sinistralidade laboral.

Os principais riscos na agricultura são:

 

• Riscos na utilização de tratores, máquinas e ferramentas agrícolas (esmagamento, quedas, amputações, cortes e outros); 

 

• Utilização de substâncias químicas/pesticidas (intoxicações, alergias); 

 

• Movimentação de cargas e posturas incorretas (lesões na coluna, lesões musculares); 

 

• Riscos biológicos (doenças infeciosas, alergias, dermites).

 

Esta ferramenta permite identificar estes riscos e fornece pistas e recomendações de como evitá-los.

 

Aceda à OiRA agricultura Aqui.

 

 

 

 

 


OSHA

 

Tema da próxima campanha “Locais de trabalho saudáveis” já foi divulgado

 

 

«Locais de Trabalho Saudáveis - Reduzir a Carga» vai ser o tema da próxima Campanha Europeia para a SST, a iniciar em outubro de 2020.

As lesões musculosqueléticas são uma das doenças mais comuns relacionadas com o trabalho, sendo a principal causa de absentismo, praticamente em todos os Estados-Membros da UE.

Daí a necessidade de uma nova Campanha Europeia para a SST direcionada para esta problemática. 

Relembramos que em 2000 foi desenvolvida pela EU-OSHA uma Campanha "Não vires as costas às perturbações músculo-esqueléticas" e em 2007 outra intitulada “Atenção! Mais carga Não!”.

 

 

 

 

O futuro da segurança num mundo digitalizado é o tema principal da 10ª Conferência Internacional sobre a Prevenção de Acidentes de Trabalho.

A 10ª Conferência Internacional sobre a Prevenção de Acidentes de Trabalho decorreu entre 23 e 26 de setembro em Viena apoiada pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.
 
Os principais oradores da EU-OSHA realizaram apresentações sobre os principais tópicos com ênfase na Segurança e Saúde no Trabalho (SST), tais como o impacto da digitalização na SST, o futuro do trabalho com impacto na SST e a transferência e troca de conhecimento nesta área.
 
O congresso, focado na prevenção de acidentes de trabalho - WOS: Working on Safety - visa reunir especialistas de todo o mundo, a fim de facilitar uma troca de experiências de alto nível, novas descobertas e soluções de boas práticas.
 
O congresso foi uma excelente ocasião para representantes de organizações da Saúde e Segurança, inspetores do trabalho, profissionais de segurança, investigadores, responsáveis pela implementação de políticas, administradores do trabalho e outros especialistas para ampliar o horizonte da prevenção e entrar em contato com especialistas de outros países e outras culturas.
 
O congresso abordou seis tópicos principais de relevante importância:
 
- Digitalização;
- Avaliação de risco;
- Sistemas de gestão de segurança (por exemplo, ISO 45001);
- Transferência e troca de conhecimento;
- Educação e formação.
 
Saiba mais Aqui.

 

Saúde musculosquelética desde cedo: síntese do seminário já disponível

 

 Imagem com DR

 A EU-OSHA, em colaboração com a ENETOSH   (Rede Europeia de Educação e Formação em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho), organizou um seminário sobre o problema das lesões musculosqueléticas (LME) entre os jovens e os trabalhadores.

O seminário foi organizado no quadro de um projeto global de SST sobre LME, tendo em vista a próxima campanha «Locais de Trabalho Saudáveis - Reduzir a Carga», a iniciar em outubro de 2020.

 

O evento serviu como atividade de sensibilização para a necessidade de promover a saúde musculosquelética desde cedo. Os participantes partilharam ideias em pequenos grupos moderados por especialistas em quatro áreas diferentes: investigação, políticas (SST - ergonomia), práticas (integração da SST no ensino) e comunicação (autoperceção corporal).

 

Leia os relatórios sobre as principais conclusões de cada  workshop.

 

Saiba mais sobre prevenção de lesões musculosqueléticas.

 

Leia o guia prático para pequenas empresas Riscos psicológicos, stresse e lesões musculosqueléticas.

 

 


Acidentes, mortes e problemas de saúde no trabalho: Os custos para a Europa

 

Imagem com DR

Um artigo do OSHwiki fornece informações adicionais para o relatório técnico da EU-OSHA "Estimativa dos custos de acidentes e doenças relacionadas com o trabalho: Uma análise das fontes de dados europeias" e o seu resumo.

 

Foi produzido no contexto de um projeto de pesquisa de longo prazo que visa desenvolver um modelo de custo económico para estabelecer estimativas confiáveis dos custos.

  

Leia o Relatório: Acidentes, mortes e problemas de saúde no trabalho: Os custos para a Europa.

   

Aceda ao Artigo OSHwiki.

 

 

 

 

 

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